A
expressão ‘antifa’ significa antifascista e deu nome ao movimento de jovens
franceses contra as ações violentas dos skinheads, que dominavam as ruas de
Paris na década de 1980. A violência dos
skinheads tinha como alvos preferenciais os imigrantes, minorias étnicas e homossexuais,
contando sempre com a conivência das autoridades. Punks e outras tribos urbanas
transformaram-se nos ‘caçadores de skins’ como resposta à violência racial
neonazista.
Antifa – Caçadores de Skins
Antifa – Caçadores de Skins
Ficha Técnica:
Título
original: Antifa, chasseurs de skins
Gênero:
Documentário
Direção: Marc-Aurèle Vecchione
País de origem: França
Ano de lançamento: 2008
Sinopse:
O renascimento do movimento skinhead no início
da década de 1980 coincidiu, na Europa, com o crescimento dos partidos de
extrema-direita, que se empenhavam em cooptar para suas fileiras jovens da
classe operária cuja autoestima havia sido corroída pela crise econômica. Na
França, o partido de extrema direita Frente Nacional (Front National - FN), de
Jean Marie Le Pen, chegou a obter 20% dos votos, num momento em que a imigração
no país atingia o seu auge e os relatos de agressões racistas nas ruas eram
diários. Com o lema "a França para os franceses", os fascistas do FN
e de outros grupos ainda mais radicais recrutavam seguidores em cada esquina e
99,9% dos skins franceses acabaram cooptados pela extrema-direita, num processo
semelhante ao que vinha também ocorrendo em outros países europeus, como a
Inglaterra, onde houve uma adesão em massa de skinheads ao National Front e ao
BNP (British National Party).
Ao mesmo tempo em que essas gangues manipuladas pelos partidos de extrema direita estavam na iminência de assumir o controle das ruas de Paris, uma forte cena punk/underground se desenvolvia por toda a França. E foi deste caldo de cultura libertário e multiétnico que pulsava nas ruas e nos squats que surgiram as primeiras gangues de Caçadores de Skinheads, dedicadas não apenas à autodefesa em shows e squats, mas, principalmente, a escorraçar as gangues fascistas das ruas.
É a história desse processo de desfascistização das ruas de Paris que Antifa: Chasseurs de Skins conta, explorando também a pré-história do movimento skinhead na França e as primeiras gangues rockers antirracistas, como os As-nays e os Black Panthers, que na década de 1970 enfrentavam gangues de rockers racistas, e que, por sua vez, inspiraram as gangues de Caçadores de Skins propriamente ditas, como os Ducky Boys, os Red Warriors e os Ruddy Fox. Eram gangues multiétnicas, extremamente combativas e fortes, formadas por professores e/ou campeões de alguma arte marcial (Muay Thai, Full Contact, Kung Fu, etc.), como era o caso dos Ducky Boys e dos Red Warriors.
Ao mesmo tempo em que essas gangues manipuladas pelos partidos de extrema direita estavam na iminência de assumir o controle das ruas de Paris, uma forte cena punk/underground se desenvolvia por toda a França. E foi deste caldo de cultura libertário e multiétnico que pulsava nas ruas e nos squats que surgiram as primeiras gangues de Caçadores de Skinheads, dedicadas não apenas à autodefesa em shows e squats, mas, principalmente, a escorraçar as gangues fascistas das ruas.
É a história desse processo de desfascistização das ruas de Paris que Antifa: Chasseurs de Skins conta, explorando também a pré-história do movimento skinhead na França e as primeiras gangues rockers antirracistas, como os As-nays e os Black Panthers, que na década de 1970 enfrentavam gangues de rockers racistas, e que, por sua vez, inspiraram as gangues de Caçadores de Skins propriamente ditas, como os Ducky Boys, os Red Warriors e os Ruddy Fox. Eram gangues multiétnicas, extremamente combativas e fortes, formadas por professores e/ou campeões de alguma arte marcial (Muay Thai, Full Contact, Kung Fu, etc.), como era o caso dos Ducky Boys e dos Red Warriors.