A Revista Língua Portuguesa deste mês trouxe uma notícia curiosa que nos leva à reflexão sobre a importância das palavras. Vale a pena conferir. Como só assinantes têm acesso ao conteúdo exclusivo, transcrevo a nota, logo abaixo:
Professora Marisa Telo
Paródias sempre existiram, mas há quem se incomode com elas (geralmente parodiados). No caso, a holding inglesa Diageo, responsável pela marca de uísque Johnnie Walker, está processando a cachaça artesanal mineira João Andante. A marca inglesa alega que a empresa brasileira criou uma imitação.
Basta comparar os dois logotipos (foto ao lado) para entender que a imitação está mais para uma paródia bem-humorada, que não irá necessariamente prejudicar a gigante do ramo de bebidas avaliada em US$ 3,5 bilhões.
O processo gerou publicidade para os empresários mineiros responsáveis pelo produto. Um dos sócios, Gabriel Lana, de 25 anos, afirma que de 200 garrafas por mês passaram a vender mil. “Os pedidos estão aumentando muito”, afirmou à imprensa.
Os donos da cachaça afirmam que o “Walker” do uísque não guarda relação com “caminhar” (de “Andante”), tratando-se de um sobrenome. Os advogados da holding, por sua vez, afirmam que “João Andante” é uma tradução literal de “Johnnie Walker”, o que evidenciaria a intenção de criar uma versão local de sua marca.

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